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13 Jul
13Jul

Escritórios no pós-pandemia terão que oferecer soluções personalizadas para reter e atrair talentos

No pós-pandemia, quatro grupos distintos passarão a conviver dentro das empresas e os espaços precisarão ser repensados para personalizar ao máximo a experiência de trabalho, revela a pesquisa “Moldando a Experiência Humanizada”, realizada pela JLL em 10 países. Os perfis mais extremos são menos engajados e satisfeitos que a média dos funcionários em relação às empresas em que trabalham, não esperando muito de seu empregador. Os dois perfis intermediários possuem expectativas extremamente altas em termos de conforto e de experiência humana. 

“Apesar de no Brasil termos questões de infraestrutura relacionadas à adoção do home office, percebemos que esses perfis profissionais se repetem nas empresas e precisam ser olhados com cuidado para que as expectativas de cada grupo sejam mapeadas e atendidas”, explica Washington Botelho, presidente da Divisão de Corporate Solutions da JLL para a América Latina.  

Conheça abaixo os quatro perfis de funcionários híbridos:  

1 – Funcionário de Escritório Tradicional
Tem o padrão de trabalho centrado no escritório e demanda atividades presenciais. A maioria desses profissionais (93%) não era adepto do home office antes da pandemia. Em geral, é mais relutante a mudanças. Usa o escritório como espaço de socialização, mas sem grandes expectativas em torno da empresa para a qual trabalha. É mais passivo e desprendido do que outros perfis e possui uma atitude mais individualista. Esse perfil tende a ser mais numeroso entre os funcionários mais antigos e acima dos 50 anos, em grandes corporações, e sem cargos gerenciais. 

2 – Amante da Experiência
Demanda alta flexibilidade, mas sem renunciar ao escritório como destino. Entre eles, 50% já praticavam o home office e consideram que trabalhar em casa uma ou duas vezes por semana seja o ideal para equilibrar a rotina. Valoriza pertencer à comunidade, gosta de ser visto e recompensado. Geralmente, ocupa posições de gestão e está disposto a ser cuidado pelo empregador. 

3 – Viciado em Bem-Estar
Busca flexibilidade, poder de escolha e equilíbrio entre os lados profissional e pessoal. Já estava acostumado com o trabalho remoto e é adepto de um estilo de vida saudável. Quer cuidar da saúde física e mental e do bem-estar reduzindo o tempo gasto com deslocamentos. Ele “consome” o escritório, por isso espera uma oferta de serviços que incrementem a experiência e a sensação de bem-estar, como amenidades esportivas, culturais e práticos, por exemplo. Tende a ser mais numerosos na indústria digital e de tecnologia. Entre eles, 49% gostariam de trabalhar em um local terceirizado pelo menos uma vez por semana.  

4 – Espírito Livre
É adepto do “anywhere office”, por isso quer ter flexibilidade em sua rotina. Liberdade é a única promessa que espera do empregador, já que 69% são atraídos pela ideia de viver longe da cidade e ir para o escritório apenas quando necessário. Sente-se distante das empresas e tende a ser menos engajado e satisfeito com o trabalho. Entre eles, 78% consideram o equilíbrio entre vidas pessoal e profissional, além da possibilidade de passar mais tempo com a família, uma prioridade.  

Para Érika Ribeiro, diretora de Recursos Humanos da JLL, essa realidade multifacetada converge para um espaço de trabalho efetivamente centrado no colaborador. “Os profissionais se relacionam de forma diferente com os espaços e com as empresas, por isso é importante entender suas expectativas para reter e atrair talentos. Apesar de haver correlação com as diversas gerações que frequentam o mesmo escritório, percebemos que a pandemia impactou profundamente o comportamento e as prioridades de cada funcionário”, explica.

Acesse aqui o estudo “Moldando a Experiência Humanizada”.