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06 Dec
06Dec

EDIFÍCIOS INSTITUCIONAIS•PORTO ALEGRE, BRASIL

  • Arquitetos: Estúdio 41
  • Área: 37324 m²
  • Ano: 2020
  • Fotografias: Leonardo Finotti, Eron Costin
  • Fabricantes: CebraceEcotelhadoHunter DouglasPlacoHerman MillerInterfaceKnaufPortobello, Alcoa, Açograde, Belgo, Cassol, Concremold, Coral, Deca, Fabpisos, Gail, Lumicenter, Medabil, Neorex, +9

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto foi vencedor do Concurso Público Nacional para a Nova Sede da Fecomércio, Sesc e Senac do Rio Grande do Sul, organizado pelo IAB-RS em 2011.

Memorial. O homem transforma o meio ambiente, interfere na natureza de modo a produzir espaços que abriguem suas atividades cotidianas. Nesse processo, provoca mudanças, constrói objetos, pensa em artifícios inseridos no ambiente natural. A presente intervenção sugere uma reflexão sobre a relação entre natureza e artifício. Propõe assim, edifícios que sejam ao mesmo tempo: artefato e paisagem, cobertura e relevo, abrigo e área aberta.

Natureza e artifício.O projeto da nova sede administrativa da Fecomércio, Sesc e Senac do Rio Grande do Sul se insere em um terreno de 15ha ao norte de Porto Alegre. Trata-se de uma região limítrofe da malha urbana, onde o município de Porto Alegre encontra com sua região metropolitana.

Partindo dessa realidade, o presente projeto coloca-se como um modo de interpretar essa relação entre o meio ambiente e a cidade, entre natureza e artifício.  De fato, uma intervenção do porte do Sistema Fecomércio tem o poder de renovar, induzir e qualificar seu entorno imediato. Entendendo a força dessa ideia, propõe-se que boa parte dos espaços projetados possa ser utilizada, além dos usuários e colaboradores, pela comunidade local. 

Tornou-se necessário então agir em duas frentes:

  • Interpretando o programa de necessidades como a possibilidade de invenção de um lugar – a Fecomércio – com forte identidade para a cidade e a comunidade local, fortalecendo assim a ideia da instituição como espaço de congregação, convívio e socialização de seus usuários e colaboradores, independentemente de quantos edifícios ou nomes de instituições estão a ele conectados; 
  • Propondo que os espaços de permanência de usuários, colaboradores e comunidade local estejam protegidos em uma cota mais elevada, preservando a ideia de segurança institucional mesmo habitando um terreno com fragilidades ambientais.

Sugeriu-se então a criação de um edifício garagem horizontalizado, na cota +3,00m, conformado como um “podium”, sobre o qual se apoiam os edifícios principais. Esse embasamento, além de abrigar os veículos, comporta também as áreas técnicas e de serviços do complexo, permitindo que os usos de longa permanência desfrutem de visuais generosas da paisagem da região e dos espaços abertos propostos. A cobertura dessa construção recebe tratamento paisagístico, prolongando-se até o parque proposto na porção Leste do terreno. Trata-se da invenção de uma nova topografia – um relevo artificial.

O Centro de Convivência proposto, na cota +8,00m, age como elemento conector do conjunto edificado. Possuindo a característica de espaço público aberto, esse grande eixo funciona como antessala dos saguões de cada edifício: do Edifício Administrativo já edificado; e do Centro Educacional e do Centro de Eventos que serão futuramente construídos. Na porção Norte, o balanço de sua estrutura marca o acesso principal.

A torre administrativa é onde as atividades de trabalho se desenvolvem em pavimentos de planta aberta. Possui uma grande escada, junto à fachada sul, que proporciona visuais interessantes a cada pavimento que acessa, além de priorizar a circulação peatonal vertical através do edifício.

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